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Pedido de RJ da IndianAgri ainda não foi deferido e Justiça solicita mais documentos

O pedido de Recuperação Judicial da empresa compradora de soja IndianAgri Comércio e Exportação de Cereais Eireli, ainda não foi deferido pela 2.ª Vara Cível de Primavera do Lesta – MT. Conforme decisão emitida no fim de quarta-feira (22/04) pelo Judiciário, a empresa foi intimada a regularizar as pendências apontadas em relatório de avaliação preliminar num prazo de cinco dias.

A decisão veio após diversos apontamentos no relatório de constatação prévio da RJ, em especial pela ausência de informações contábeis do “suposto período crítico de crise”, bem como esclarecimentos da situação econômico-financeira deficitária da empresa, além de outros documentos contábeis faltantes. O pedido de RJ, conforme informações repassadas pela assessoria jurídica, se deu pelo vencimento das dívidas da empresa na ordem total de R$ 220 milhões, divididos entre produtores, bancos e cooperativas.

Impacto em Gaúcha do Norte com pedido de RJ da IndianAgri pode superar 25 mi de reais

Entenda

O pedido de recuperação judicial da IndianAgri foi protocolado no dia 15 de abril na Comarca de Primavera do Leste – MT. Após o pedido, produtores de várias cidades de Mato Grosso, inclusive, Canarana, Água Boa, Nova Xavantina e Gaúcha do Norte, se manifestaram contra a RJ, argumentando que a empresa estava realizando compra de soja dias antes de protocolar o pedido.  “A nossa soja foi comprada dia 31/03 e eles pediram RJ dia 07/04. Que empresa legal, que empresa certa, que compra soja sete dias antes de pedir RJ?”, explanou o produtor Diego Sichocki.

Reunião com credores em Primavera do Leste-MT.

Na manhã da última segunda-feira (20/04), cerca de 150 pessoas, entre credores e produtores rurais dos municípios mato-grossenses de Primavera do Leste, Tapurá, Canarana, Sorriso, Água Boa, Paranatinga e Gaúcha do Norte, se reuniram em Primavera do Leste para discutir sobre medidas referentes ao pedido de Recuperação Judicial da empresa. À tarde, eles fizeram um protesto em frente à sede da empresa, com faixas e máquinas.

A empresa

A empresa, por meio de sua Assessoria Jurídica, informou à AGRNotícias, que vem com alto endividamento desde 2016, e o pedido de recuperação foi a única opção de restruturação. Ainda, a empresa comunicou à todos os depositantes de grãos, relacionados a prestação de serviços, a possibilidade de retirada dos produtos. Contudo, conforme Assessoria, o Poder Judiciário com o propósito de verificar a quantidade exata de soja e demais ativos, suspendeu temporariamente a operação.

A Assessoria informou ainda que a empresa já sofreu depredações em sua sede administrativa. O Judiciário, na mesma decisão de solicitação de maiores documentos, determinou que ninguém efetue a retirada de nenhum bem de dentro de uma das instalações da empresa, nem mesmo os credores. Por fim, a empresa informou que já estão trabalhando para apresentar os documentos faltantes.

Por AGRNotícias.

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