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Região de Canarana se torna polo de irrigação e referência nacional em culturas alternativas

Canarana e os municípios vizinhos, em Mato Grosso, já semeiam todo o ano mais de um milhão de hectares de soja, o que a torna uma das principais regiões produtoras de grãos do Brasil. Na segunda safra, o milho divide as áreas com as chamadas culturas alternativas, como gergelim e feijão. Na atual safra, o gergelim, que tradicionalmente é semeado até os primeiros dias de março, deve cobrir mais de 150 mil hectares somente em Canarana, maior produtor nacional, um recorde histórico para a cultura.

Produtores, no entanto, acreditam que falta mais pesquisas sobre o gergelim para que as safras sejam mais regulares nos próximos anos.

Lavoura de gergelim na fazenda AgroDurigon em Água Boa – MT. Foto – Eng. Agrônomo Fábio Fernando Durigon.

O gergelim se adaptou em Canarana devido ao clima, mais quente, e também porque sofre menos com o corte das chuvas ao final de cada ciclo. E a cultura deve ganhar ainda mais espaço na região com o crescimento em vista de pivôs. Canarana se tornou recentemente um polo de irrigação, o que significa que recebe ações dos governos para promover o uso racional da água na agricultura em larga escala. Conforme estudos da Aprofir, somente Canarana tem potencial para irrigar mais de 100 mil hectares.

Com pivôs nas lavouras, os produtores rurais tem uma segurança maior contra falta de chuvas na primeira e na segunda safra, quando se planta o gergelim, bem como poderão semear a terceira safra, já no período de seca, com o feijão e o gergelim concorrendo como principais culturas para ocuparem essas áreas. Com os pivôs, além de garantir uma produtividade maior, as culturas alternativas poderão ser semeadas em duas safras a cada ano, potencializando a produção de uma região que já se destaca no cenário do agro brasileiro.

Pivô instalado no município de Canarana; Foto – AGR.

A consolidação das culturas alternativas na região de Canarana, que tem o produtor rural como ator principal pela sua expansão, cresceu também graças a instalação de empresas que fazem pesquisas, compram e beneficiam a produção e até financiam o plantio, garantindo preço e, consecutivamente, segurança ao plantador. O crescimento de pivôs, em vista, vem para preencher lacunas e fortalecer a agricultura nesta importante região de Mato Grosso, que já é referência nacional na produção de pulses.

Por AGRNotícias.

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