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“Prometeram picanha e nem feijão tem”: Produtores reclamam

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De acordo com o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe), os brasileiros estão perdendo o hábito de comer feijão diariamente, em meio a mudanças culturais, avanço dos alimentos ultraprocessados e aumento de preços do produto. Nesse contexto, a entidade afirma que a responsabilidade é do governo brasileiro, “que prometeu picanha e nem feijão tem”.

“De acordo com a BBC News Brasil, seguindo a tendência dos últimos anos, o feijão deixará de ser consumido de forma regular – de 5 a 7 dias na semana – em 2025, conforme estudo do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). A partir daquele ano, a maior parte dos brasileiros passará a comer o alimento símbolo nacional com frequência considerada irregular (1 a 4 dias), de acordo com a pesquisa”, comenta.

Foto: Canva

Segundo o Ibrafe, a solução para a escassez de feijão no mercado brasileiro não se limita aos pequenos produtores. O abastecimento no segundo semestre é liderado pela agricultura irrigada, sendo essencial incentivar esses produtores a aumentar a produção.

No entanto, isso requer estímulos, como recursos subsidiados para o armazenamento de estoques. A falta de investimento em armazenagem nas propriedades pode intensificar o problema entre 2024 e 2025, caso medidas imediatas não sejam implementadas. “A população aumenta ao redor de 1 milhão de novos consumidores por ano, enquanto a produção diminui. Por esta razão, levantamento de produção per capita aponta para anualmente a disponibilidade menor de feijões”, completa.

“É importante facilitar a produção irrigada no país com a máxima urgência. Até agora, lidamos com produtores capitalizados pelos preços das commodities nos anos recentes. Porém, a crise econômica do setor rural se fará sentir em breve como consequência das mudanças climáticas. O setor acabará carente de decisão política que realmente deseje pelo menos o básico no prato do brasileiro”, conclui.

Por AGROLINK –Leonardo Gottems

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