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Liga do Araguaia abre nova seleção de fazendas para o Rebanho Araguaia II

Independentemente do valor de venda da arroba ou do aumento dos custos de produção, cada vez mais fica evidente que a lucratividade do pecuarista depende sobretudo de seu esforço de produzir mais na mesma área. Parece simples, mas esse avanço demanda ajustes na gestão e nas escolhas técnicas. Essa foi a realidade da fazenda Entrerios, de Carmen Bruder, participante do movimento Liga do Araguaia, cuja bezerrada Nelore que desmamava no passado com 180 kg, em média, passou a 240 kg na última pesagem, com pico de 308 kg.

É um ganho produtivo que está intimamente relacionado ao novo foco da gestão pecuária da fazenda, ajustes técnicos e o trabalho de liderança, incluindo nesta gestão as questões ambientais e sociais. Carmen integra o primeiro grupo do projeto Rebanho Araguaia, da Liga do Araguaia, que abre novas inscrições para que outros dez pecuaristas da região do Médio Araguaia no Mato Grosso (MT).

A orientação técnica é feita com supervisão do Instituto Inttegra de Métricas Pecuárias, coordenado por Antonio Chaker, que defende que a fazenda pode ser melhor a cada dia, se for boa de gente, ou seja, consegue atrair e manter bons funcionários; boa de gestão, que é acompanhar o que está acontecendo e ter os números na mão, conhecer o custo, a margem sobre a venda, bater meta e, por fim, também ser boa na área técnica.

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Além da expertise para a gestão, há a preocupação com indicadores para as questões sustentáveis, o que é possível através do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), por meio do protocolo Garantia Araguaia, uma ferramenta para melhoria contínua de boas práticas, incluindo níveis de emissões de carbono, entre outros indicadores de sustentabilidade.

Para participar as fazendas precisam estar na área que compreende os onze municípios que formam a Liga do Araguaia (Cocalinho, Araguaiana, Nova Nazaré, Riberão, Cascalheira, Água Boa, Querência, Nova Xavantina, Canarana, Pontal do Araguaia, Torixoréu e Barra do Garças) e atender outros pré-requisitos estabelecidos pelo projeto.

As consultorias vão realizar uma imersão nas fazendas para levantar dados e indicadores de sustentabilidade e métricas gerenciais, que serão usados para facilitar inovações no setor, promover melhorias nos planos de ação e na gestão dessas fazendas e sugerir ajustes com acompanhamento técnico periódico, além de criar sinergia de processos entre os pecuaristas da Liga do Araguaia.

O projeto é uma parceria da Liga do Araguaia com a Friboi, unidade de negócios de carne bovina da JBS. Inscrições e mais informações em www.ligadoaraguaia.com.br.

Sobre a Liga do Araguaia

Em um momento em que segurança alimentar e mudanças climáticas mobilizam a sociedade mundial, desde 2015, a Liga do Araguaia, lidera um movimento pela adoção de práticas de pecuária sustentável no Vale do Araguaia. O objetivo da Liga do Araguaia é promover o desenvolvimento econômico e social da região, por meio do aumento da produtividade e renda, respeitando a legislação vigente e os limites dos sistemas naturais.

A iniciativa se fundamenta nos pilares da produtividade, conservação, redução de emissões e turismo, e se materializa na forma da implantação de diferentes projetos concebidos e implantados em parceria com organizações públicas e privadas; nacionais e internacionais. É representada, atualmente, por 62 fazendas, correspondendo a 149.000 hectares de pastagens com 47.000 hectares em processo de intensificação e um rebanho estimado de 130 mil cabeças.

Por Assessoria. Fotos: Liga do Araguaia.

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