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Com soja retida, produtores temem quebra de contratos e multas

Agricultores que depositaram soja no armazém da IndianaAgri, em Nova Xavantina-MT, ainda não conseguiram retirar os grãos da unidade. A empresa, que trabalha com comercialização e armazenagem de grãos, ajuizou pedido de recuperação judicial no início de abril. A justiça ainda analisa o pedido e, na semana passada, bloqueou por tempo indeterminado a movimentação dos bens da IndianaAgri. Porém, a decisão também impediu a retirada da produção de agricultores que contrataram o serviço de “armazéns gerais” oferecido pela empresa.

Sem acesso aos grãos, estes produtores não conseguem cumprir os contratos fechados com tradings que atuam na região e correm risco de ser multados. A penalidade em casos assim varia de 15% a 50% sobre o valor da mercadoria, conforme termos da negociação entre empresa e produtor.

Na última quinta-feira, 23, um grupo de agricultores de Nova Xavantina-MT formalizou o pedido para que a Justiça libere a carga. Juntos, eles possuem mais de 69,3 mil sacas da oleaginosa “presas” na unidade da IndianaAgri. Alguns destes agricultores precisavam entregar os grãos à outras empresas da região no dia 25 deste mês e, como não conseguiram, “estão contando com a compreensão” dos compradores para não precisarem pagar multas.

É o caso do agricultor Thiago Bressan. Ele vendeu com antecedência 702 toneladas de soja para uma multinacional com filial na região. O prazo para entrega venceu no último sábado. Desde então, teme ser penalizado pelo descumprimento. “A multa no meu caso é de 50% do valor total do contrato. Como a justiça ainda não nos deu uma resposta, estamos bastante apreensivos”, desabafa.

Por Luiz Patroni/Canal Rural.

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