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“Venda soja e guarde milho”, diz consultoria

Apesar de ter subido praticamente um limite de alta de 30 pontos nesta semana, as cotações da soja estão andando para o lado, principalmente na Bolsa de Chicago, não tendo recuperado, sequer os níveis mais altos em que já estiveram, ou seja, outros 30 cents acima. As informações foram divulgadas pela TF Agroeconômica neste início de semana.

Colheita de soja em Canarana; Foto – AGR.

“Isso se reflete nos preços internos da soja, que subiram R$ 8,30/saca nos últimos 30 dias, mas não recuperaram a  lucratividade  que  tinham  em  novembro  passado, quando apresentaram valores menores, mas lucro maior em relação aos custos de produção. A  principal  motivação  para  a  alta  dos  preços  são  os pequenos estoques de soja nos Estados Unidos, mas isto o mercado já absorveu”, comenta a consultoria.

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A consultoria indica que a razão da nova alta desta semana é que a produção de carnes, na China, no primeiro trimestre, saltou 32% para o maior número em dois anos, segundo informou a Reuters nesta semana. “A produção de carne suína do primeiro trimestre aumentou quase um terço no ano, para 13,7 milhões de  toneladas, segundo dados  do National Bureau  of Statistics, após  grandes investimentos feitos pelo país para aumentar sua população de suínos”, indica.

“Mas,  será  preciso  uma  notícia  nova  para  voltar  a  impulsionar  significativamente  os  preços,  como  uma  seca,  por exemplo  (que  parece  estar  a  caminho,  timidamente).  Lembremo-nos  que  o  plantio  da  soja  americana  começa  em maio, dentro de 30 dias. Por  enquanto,  porém,  comparando  a  evolução  dos  preços  da  soja  e  do  milho,  no  Brasil, mantemos  a  nossa recomendação feita há um mês: “Venda a soja e guarde o milho”, porque o milho tem maior tendência de alta do que a soja, a curto e médio prazos”, conclui.

Por Leonardo Gottems/Agrolink.

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