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Preço do bezerro e alta dos insumos preocupam pecuaristas

“A conta não vai fechar” – Essa é uma das expressões mais ouvidas ultimamente nas redes sociais entre os pecuaristas quando olham os preços praticados em bezerros, tanto do Centro-oeste quando Sudeste. Onde tinha boi no Mato Grosso na segunda-feira a R$ 215, ontem (01/09) virou para R$ 220 a @. E o pequeno produtor Luís Henrique Scabello, que vendeu um lote com esse reajuste de R$ 5, ainda assim está pressionado.

Com um sistema de comercialização picada, na medida em que os animais de ‘cabeceira’ vão atingindo o peso – ressalvando o desnível genético mesmo em animais nelores -, depois da recria o produtor precisa engordar a pasto mas com suplementação.

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Assim, ele vai girando o negócio, como no da terça-feira (01), evolvendo de 17 bois com o Frigoestrela, de Rondonópolis. Mas, no momento em que ele não está comprando a reposição da desmana, com preços alcançado de R$ 2,2 mil para cima na média do estado, também está tendo dificuldades de dar o que comer aos animais. Ainda mais na atual severa entressafra, sem massa verde no chão.Gado1

“O caroço de algodão estava a R$ 450 a tonelada e hoje está sem preço (vendedores saíram do mercado, em tradução), além da torta de algodão que está a R$ 1 mil fora o frete em Rondonópolis”, afirma o pecuarista de Araraquara (SP) e com propriedade de boi em Alto Garças, Sul do MT.

Naturalmente, o pessoal de algodão está trucando alto, pressionando os produtores, já que o milho, principal na dieta bovina, também segue com altas firmes.

Sob esta pressão, Scabello vai esvaziando a fazenda – com capacidade entre 600 a 700 animais – e deve liquidar seu estoque de 500 bois até maio próximo. Alivia as pastagens aos poucos e depois dará um descanso, renovando o capim e sem risco de comprar bezerro em excesso e não ter mercado que o remunere bem lá na frente, como está começando a ocorrer agora mesmo na alta da @.

Por CompreRural, adaptado do MoneyTimes.

 

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