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Mulheres do agro – a história da agrônoma Carollyne Vitoriano de Gaúcha do Norte

A representatividade feminina no campo vem crescendo a passos largos, aliando força, talento e perseverança em um ambiente visto como masculino. Neste dia 8 de março em que comemora-se o Dia Internacional da Mulher, a AGRNotícias traz uma entrevista com uma jovem engenheira agrônoma que vem conquistando seu lugar no mercado no município de Gaúcha do Norte-MT.

Agrônoma Carollyne Freitas Vitoriano, de Gaúcha do Norte; Foto – Reprodução.

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Carollyne Freitas Vitoriano, de 25 anos de idade, é formada em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), campus de Nova Xavantina-MT, há pouco mais de um ano e meio em uma turma onde cerca de metade das vagas eram ocupadas por mulheres.

Com 18 anos de idade, saiu de Caçu-GO para cursar a graduação. Formada, em 2019 se mudou para Gaúcha do Norte, onde atua há um ano e dois meses em sua área de formação, como assistência técnica, consultoria agronômica e desenvolvimento de mercado estão entre suas atividades desenvolvidas. Confira:

AGR: Quais os motivos que a levaram a cursar agronomia?

CAROLLYNE: Por sempre estar envolvida na zona rural, ter morado em fazenda juntamente com meus avós, mesmo vivenciando a atividade pecuária, me interessei pela atividade agrícola por ser uma área em que sempre tem muito a desenvolver e bem ampla de oportunidades.

AGR: Quais os principais desafios enfrentados na área, pelo fato de ser mulher?

CAROLLYNE: O principal é ser mulher, eu me deparei com situações bem desagradáveis, mas fui bem aceita em outras. Falta de respeito, assédio por parte de uns. Podemos sim sermos “limitadas” para pegar um peso, mas temos a inteligência e a capacidade de fazer acontecer igual de qualquer um.

AGR: Em sua opinião, quais os principais fatores determinantes para mulheres ingressarem e permanecerem no agronegócio?

CAROLLYNE: Tem espaço para cada uma, hoje estamos sendo mais aceitas, estamos conseguindo conquistar nosso lugar, até porque lugar de mulher é onde ela quiser. E se quer, e tem vontade, vai. O principal fator determinante é o desejo de querer contribuir com o agro, fazer a diferença em algo que sempre busca mais e mais.

AGR: Em sua experiência, o mercado de trabalho é mais restrito para o público feminino no meio do agro?

CAROLLYNE: Sim, tem determinadas áreas que pedem por homens, mas sempre falo, o que falta é a primeira oportunidade para uma mulher mostrar que tem capacidade de executar a atividade.

AGR: Em sua trajetória até aqui, já alcançou parte dos seus objetivos?

CAROLLYNE: Já sim, a primeira foi meu primeiro serviço, por segundo conseguir mostrar meu trabalho e conquistar a confiança em cada lugar que passo.

AGR: Qual seu maior sonho, onde deseja chegar dentro da agronomia?

CAROLLYNE: Meu maior sonho é ser gestora, chegar a um nível em que eu poderei falar, eu sou mulher, eu lutei e consegui chegar até aqui e pelo meu gênero não tive impedimento nenhum, porque eu quis.

AGR: O que o agro representa em sua vida?

CAROLLYNE: Haaa, hoje é tudo em minha vida, de segunda a segunda, de sol a sol, chuva a chuva, estamos lutando dia a dia. Hoje tudo é agro, desde o alimento até sua vestimenta. É algo importante e indispensável.

Por Cely Trevisan para AGRNotícias.

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