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China aumenta compra de soja dos EUA e preços no Mato Grosso caem

Na última semana o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgou o relatório de exportações semanais norte-americanas e até o dia 24/10 foram exportados 7,95 milhões de toneladas de soja, o que representa 8,23% de sua produção total estimada e 16,46% da expectativa de exportação para safra 19/20. Esse número é 7,16% maior que as 7,39 milhões de toneladas embarcadas no mesmo período de 2018, ano em que as tensões comerciais atingiram seu auge. 

Com a retomada das negociações, a China voltou às compras nos EUA e atualmente participa com 20,60% ou 1,64 milhão de toneladas no acumulado das exportações norte-americanas. Em contrapartida, as exportações brasileiras para o país asiático diminuíram no acumulado do ano, de forma que a menor demanda pelo grão nacional pela China traz desafios para o Brasil colocar a sua produção em novos mercados. 

Preço da Soja

Na última semana, o preço da soja em Mato Grosso fechou com uma média de R$ 73,13/sc, recuo de 2,54%. A desvalorização no dólar, atrelada à queda na bolsa de Chicago, segue afetando as cotações. A bolsa de Chicago finalizou a última semana apresentando uma queda de 0,99%, média de US$ 9,22/bu. A atenção do mercado continua voltada para a colheita norte-americana. A média semanal da taxa de câmbio fechou com queda de 1,47%, a R$ 4,00. A retração foi influenciada, principalmente, pela aprovação da reforma da previdência. A semeadura em MT avançou 17,09 p.p. na semana, alcançando 81,60% da área prevista. As regiões mais adiantadas são a oeste e a médio-norte. 

Atenção na Oferta

Com o avanço da colheita e a produção norte-americana de soja praticamente definida, a atenção do mercado se volta para a safra latino-americana, tendo como foco principal, o Brasil, a Argentina e o Paraguai. 

Nesse momento, as lavouras estão em processo de implantação e as condições climáticas são um fator preponderante para consolidação da produção. No Brasil, a principal região produtora, o Centro-Oeste, apresenta cenários divergentes, com o MT compensando os trabalhos no campo no mês de outubro e os demais estados com a semeadura ainda sofrendo com as chuvas irregulares. 

Na Argentina, a semeadura ainda está na fase inicial, mas o excesso de chuva nas regiões produtoras traz preocupações. Com um cenário inverso, no Paraguai, as áreas foram praticamente semeadas e a apreensão fica por conta do clima seco das últimas semanas. Assim, com o cenário ainda em aberto, o acompanhamento desses países é fundamental, visto que somente eles representam mais da metade da oferta mundial do grão.

Por AGRNotícias; Fonte – Boletim IMEA

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