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Borracha volta a se tornar competitiva em Gaúcha do Norte

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O cenário nacional da seringueira sofreu variação positiva com o aumento no valor pago ao quilo do produto, a borracha. Em Gaúcha do Norte, no interior de Mato Grosso, a Cooperativa Cooperxingu vem pagando R$ 4,15 o quilo da borracha. O preço sofreu alteração no início de dezembro e permanece pelos próximos 60 dias.

O cenário nacional da seringueira sofreu variação positiva com o aumento no valor pago ao quilo do produto, a borracha.

Seringal em Gaúcha do Norte; Foto – Cely Trevisan.

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Antes de apresentar este cenário favorável ao cultivo da seringueira, o preço praticado no kg da borracha era de R$ 2,60 em julho de 2020, fator determinante para que muitas propriedades deixassem de produzir. Agora, com preço favorável, em um município onde a maioria dos seringais tem mão de obra familiar, a cultura volta a se tornar competitiva e muitos produtores retornam aos seus seringais cheios de expectativas de boa produção.

Para o produtor e extensionista rural da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Clodoaldo Maccari (Tito), o aumento no preço foi influenciado por uma situação que surgiu na Ásia, um dos principais países fornecedores de borracha ao Brasil. Uma doença na cultura apresentou alguma dificuldade de controle. E isso acabou influenciando no aumento do quilo da borracha no mercado interno.

“Esperamos uma boa safra. O início na sangria aconteceu após as primeiras chuvas registradas e deve se estender até um pouco depois do período chuvoso. Aparentemente, temos um cenário bem interessante para esta safra, muitos produtores devem voltar aos seringais para tirar alguma renda que ficou para trás. Que agora, com preço animador, a situação muda”, complementou Maccari.

Além do aumento no valor da borracha, outro cenário que permeia nos seringais do município é a grande incidência de secamento de painéis. “Esse fator é muito corrigível com adoção de tecnologias de sangria e de condução de seringais viáveis, muito satisfatórias e que vêm para manter produtiva a área. Adotando métodos e tecnologia, a grande maioria das dificuldades enfrentadas em nossos seringais podem ser eliminadas”, finalizou o extensionista.

Por Cely Trevisan para AGRNotícias.

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