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Agro de MT deve ter novo recorde com VBP de mais de R$ 184 bilhões

Mato Grosso deve contabilizar novo recorde na agropecuária em 2021, com faturamento de R$ 184,2 bilhões.

As cifras, que correspondem aos recursos gerados dentro das propriedades com a venda de seus produtos, além de exibirem novo recorde, se confirmadas, serão 15% superiores ao saldo, já histórico do ano passado, em R$ 160,46 bilhões.

Lavoura de Algodão em Canarana.

Lavoura de Algodão em Canarana; Foto – AGR.

O novo recorde se alicerça em projeções positivas de culturas como o milho e a soja e na bovinocultura, dentro do segmento da pecuária, atividades que embutem as maiores receitas do período.

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Os dados são do levantamento da Coordenação-Geral de Avaliação de Política e Informação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O chamado Valor da Produção Agropecuária (VBP) agrega receitas obtidas junto à agricultura e à pecuária e o Estado tem previsão de faturamento de R$ 151 bilhões e R$ 33,21 bilhões, respectivamente.

O VBP é um índice de frequência anual, calculado com base na produção agrícola municipal e nos preços recebidos pelos produtores dentro de suas propriedades.

Mato Grosso, maior produtor nacional de grãos, fibras e detentor do maior rebanho bovino do País, lidera o ranking nacional do VBP e deve responder, sozinho, por mais de 17% do total nacional.

Na segunda colocação está o Paraná – que tomou a posição de São Paulo nesse ano – com R$ 144,27 bilhões, seguido por São Paulo, R$ 119,15 bilhões.

Conforme o novo levantamento, atualizado em março, das quatro principais atividades no campo, no Estado, três têm projeção de alta – e de recordes – sendo soja, milho e algodão e apenas uma, a cana-de-açúcar com VBP em retração ante 2020.

Na pecuária, das cinco principais atividades, apenas duas – bois e aves – devem crescer ante ao ano passado, e as outras três – suínos, leite e ovos – fechar com queda.

O maior faturamento vem da soja, cuja previsão para 2021 é a de gerar R$ 91,38 bilhões, ante o recorde anterior de R$ 79,44 bilhões.

Se confirmado, o VBP da oleaginosa terá alta anual de 15%.

O milho também tem projeção recorde, R$ 36,90 bilhões, o segundo maior VBP do Estado. Em relação a 2020, quando somou R$ 30,03 bilhões, deve registrar alta de 22,87%.

Ainda no campo, o algodão deve contribuir com receita de R$ 18,28 bilhões e a cana agregar outros R$ 2,26 bilhões.

Com relação à pecuária, a bovinocultura tem previsão de faturar R$ 26,68 bilhões ante R$ 23,13 bilhões do ano passado.

A suinocultura deve recuar para R$ 1,70 bilhão, a avicultura atingir R$ 3,14 bilhões. As produções, tanto de leite como de ovos, devem retrair frente a 2020 e contabilizar receitas de R$ 743 milhões e de R$ 946,99 milhões.

BRASIL

Para o País, são previstos de R$ 1,05 trilhão, o maior já obtido desde 1989. Se confirmado, será 12,4% superior ao registrado no ano passado. As lavouras representam R$ 727,7 bilhões e a pecuária, R$ 330,1 bilhões.

“Nos últimos três anos, soja e milho têm apresentado recordes sucessivos de faturamento. A soma dessas duas atividades resultou num valor 65,4% do VBP das lavouras. Em valores absolutos, a soja apresenta uma estimativa de R$ 345,9 bilhões e o milho, R$ 129,9 bilhões. A demanda interna e o comportamento dos mercados, dos Estados Unidos e da China, têm sido os principais responsáveis por esse crescimento”, diz o departamento.

Na pecuária, o bom desempenho é dos setores de bovino, frango e leite, que correspondem a 86,2% do valor gerado.

Carne bovina representa 45,0% do valor da pecuária, acompanhada por carne de frango e leite.

Por Marianna Peres/Diário de Cuiabá.

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